terça-feira, 16 de agosto de 2011

PM é morto a tiros dentro de escola de magistrados em AL



Um subtenente da Polícia Militar de Alagoas foi morto a tiros dentro da Escola Superior de Magistratura (Esmal), na noite da segunda-feira, por onde diariamente passam juizes e desembargadores. Segundo a Polícia Civil, dois homens se aproximaram do PM José Roque Carlos Santos, dispararam e deixaram o local com o revólver da vítima. Não houve reação do policial porque a ação foi rápida.
Em nota, a Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) repudiou o crime e se disse indignada com a ação. A Almagis descartou que a ação seja um aviso a magistrados de Alagoas.
"A Almagis reitera que apesar de defender os interesses dos magistrados, se mantém permanentemente vigilante para que todos os cidadãos tenham segurança contra a bandidagem crescente em nosso Estado, principalmente os servidores públicos que têm suas vidas barbaramente ceifadas quando do exercício de suas obrigações funcionais. Será mantido contato com a cúpula da segurança pública do nosso Estado, a fim de que esse caso seja solucionado com a maior brevidade possível", disse a associação.

Dados da Almagis apontam que nove juízes são obrigados a ter segurança 24 horas por dia por estarem na mira do crime organizado no Estado. No País, segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), são 87 juízes sob ameaça de morrer. Na semana passada, Patrícia Lourival Acioli, juíza em São Gonçalo (RJ), morreu baleada dentro de seu carro, na frente de casa, em Niterói.
Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

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