quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"Aquilo era um depósito de ferro velho", diz mãe de adolescente morta em parque de diversões no Rio

Acidente em parque de diversões causou a morte de jovem de 17 anos no fim de semana A mãe da jovem morta em um parque de diversões no Rio de Janeiro no último domingo afirmou hoje (16) que espera que os donos do local sejam condenados.
“Eles tem de pagar, aquilo não era um parque, era um depósito de ferro velho”, disse Adriana Barreto, 40, mãe da adolescente Alessandra Aguilar.
Alessandra estava no parque de diversões Gloria Center, em Vargem Grande, zona oeste do Rio, quando um carrinho do brinquedo "Tufão", que se desprendeu do eixo enquanto girava, a atingiu.
A mãe da jovem prestou depoimento na tarde desta terça-feira na Delegacia do Recreio dos Bandeirantes (42ª DP), zona oeste.
Ela conversou com a imprensa após o depoimento que durou cerca de meia hora e disse estar confiante na justiça.
“As pessoas que põem um parque daquele para crianças e adolescentes são mesquinhas, só pensaram no bolso deles. Aquilo ali não tinha condições nenhuma de funcionar”, reclamou a mãe da adolescente Alessandra, de 17 anos.
Segundo Adriana, o engenheiro mecânico Luís Soares Santiago, responsável por emitir um laudo técnico que liberava o funcionamento do parque de diversões, também deveria ser punido.
“Ele também tem de pagar por isso. Ele assinou por uma coisa que nem viu por R$ 450, por tão pouco e levou a vida do meu bebê que não vai voltar mais”, afirmou.
Santiago era encarregado pela inspeção, legalização, montagem e manutenção do parque, assim como por fazer o laudo dos brinquedos e se estes estavam em condições de funcionar.
O engenheiro já teria emitido mais de mil autorizações e desta vez cobrou R$ 445 para emitir o laudo, no último dia 28 de julho.
“Eu vou ficar mais satisfeita quando vê-la (a dona do parque, Maria da Glória Pinto) e o filho dela atrás das grades”, defendeu a mãe de Alessandra.
“Esses parques clandestinos tem que acabar. Perdi minha filha e agora quem vai trazê-la de volta? Ninguém, ninguém. Ela era carinhosa e estudiosa. Acabou o sonho de uma menina de 17 anos.”
Os proprietários do Gloria Center deverão ser indiciados por homicídio doloso, segundo confirmou ao a delegada titular Adriana Belém responsável pelas investigações.
A delegada já ouviu na tarde de hoje (16) os pais da adolescente morta que caiu do brinquedo Tufão, e Pâmela Beatriz, também de 17, ferida no acidente.
Os proprietários do parque também foram ouvidos pela delegada nesta terça-feira. O advogado dos donos do Gloria Center, Silvio Souza, disse hoje à imprensa ser prematuro afirmar se os proprietários seriam culpados pelo acidente. Eles só devem falar sobre o caso em juízo, adiantou o defensor.

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