segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ex-presidente do BNDES morre após desabamento de laje no Rio


Barros de Castro presidiu a instituição de outubro de 1992 a março de 1993 (Foto: Gervásio Baptista/ABr - arquivo)

O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Antônio Barros de Castro, morreu na tarde deste domingo após o desabamento da laje da casa onde morava, na Rua Icatú, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo relato da filha do economista, Ana Clara Barros, Antônio, que tinha 73 anos, estudava em seu escritório quando aconteceu o acidente.
- Minha mãe ouviu um barulho, mas não deu importância. Depois de 20 minutos, resolveu ir até o escritório e encontrou meu pai morto - disse a administradora de empresas, que mora em outro local, disse muito emocionada Ana Clara, destacando que ainda não está preocupada com as possíveis causas do desmoronamento.
A filha do economista disse que não quer entrar no mérito do motivo do acidente.
- O que vale é a pessoa que ele foi. Todos os quatro filhos, a neta e a esposa o amavam muito. Infelizmente ele foi embora deixando um vazio dentro dos nosso corações. Ele sempre foi uma pessoa muito estudiosa e ativa. Ainda dava palestras e escrevia artigos - destacou Ana Clara
O velório deve ser realizado nesta segunda-feira, na capela do campus da UFRJ, na Ilha do Fundão, subúrbio do Rio.

Nota do Ibre - Em nota, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas, diz que "com muita pesar, nós do Ibre recebemos a notícia do falecimento do professor Antônio Barros de Castro ontem em sua residência. Trata-se de enorme perda para o pensamento econômico brasileiro. O professor Barros de Castro caracterizava-se por apresentar grande independência e originalidade em sua visão de mundo. Sua participação no debate econômico abrangia campos como o da história econômica e da economia industrial".
Ainda de acordo com o comunicado, assinado por Luiz Guilherme Schymura de Oliveira, presidente do Ibre, "suas análises cobriam desde avaliações do II PND do período militar na economia brasileira nos anos 80, até impactos das descobertas do pré-sal no futuro de nosso país. Em sua linha de pesquisa mais recente o professor Barros de Castro estudava os ajustamentos necessários da economia brasileira ao desafio chinês, considerando suas oportunidades e as dificuldades (principalmente para a sobrevivência da indústria) que se apresentavam à economia brasileira. Sem dúvida, deixará um grande vazio na profissão."

Nenhum comentário:

Postar um comentário